Seu bebê sente seus sentimentos.

  Quando eu estava grávida, o que mais me falavam era para não ficar nervosa, para não chorar, não ficar triste, porque o meu bebê iria sentir tudo. Eu quase morria só de pensar que passei mais de um mês sofrendo, porque só eu, o papai e duas grandes amigas/primas minhas, a Bia e a Rê, sabiamos da novidade.
  Eu cheguei a ficar quase uma semana sem dormir só de pensar como seria contar para a minha mãe, e como passar por toda aquela situação que não era fácil. 
  Depois que eu contei pra todo mundo, tive várias surpresas boas! A reação da minha família foi muito positiva, graças a Deus, e isso me ajudou durante toda a gestação.
  Passei uma gravidez "rápida" e muito dolorosa. Aí, mais preocupação e mais sofrimento, por saber que tinha risco de perder o Arthur, eu me arrepiava e começava a chorar (Até hoje eu choro). Além do nervosismo de poder perder, eu me lembrava de que, ele estava sofrendo tudo aquilo comigo, sem entender nada, e isso acabava comigo.
  Finalmente chegou o dia do Arthurzinho nascer. Eu achei que finalmente poderia dividir os meus sentimentos e as minhas dores, com as dele. Queria que ele se sentisse sempre bem, e ficasse sempre feliz. Ok, eu achei!
  Na primeira semana, eu tive baby blues. Eu tinha o Felippe, a minha mãe, minha irmã, minha avó e todas as visitas que apareciam aqui do meu lado. Tive muita ajuda, e nunca estava sozinha, o Felippe era muito presente, e me ajudava muito com o Arthur. Mas, eis que chegava a hora de dormir, e eu ia pro meu quartinho e do Arthur, e lá dormia apenas com ele. Aí já viu né.... Eu já deitava chorando! Me apavorava de pensar que ficaria sozinha no quarto com o Arthur, dava a impressão que iria sempre acontecer alguma coisa, e eu não iria conseguir atender! Sentia ainda as dores da cesárea e não conseguia me levantar sozinha!
  Gentem, era eu começar a me apavorar, que ele se apavorava junto! Impressionante mesmo... Não teve nenhum dia em que ele não sofresse junto comigo. Aí é que eu criei forças e comecei a negar aquilo que passava pela minha cabeça, e acreditar que eu tinha capacidade de cuidar dele mesmo com as limitações da operação. 


  Lá fui eu achar que quando ele crescesse um pouquinho, isso ia parar de acontecer. E me enganei completamente.
  Tudo que nós passamos em 10 meses, o Arthur tão pequenininho já passou por muitas mudanças. A minha separação com o Felippe, ficar sozinho com a mamãe desesperada que (ainda) não sabe cozinhar direito e não tem muito controle de horários.
  Sempre tento chorar bem longe dele, quando dá vontade, mas as vezes ele me pega chorando e (coisagordadamamãe) me abraça e fica um tempão apertadinho comigo, como que quisesse me consolar. As vezes até chora junto.
  Não queria de verdade que ele sentisse tudo isso, mas com certeza é um incentivo para nos reerguermos! 


  Hoje eu já posso dizer que aprendi a controlar a situação, e agora quando estou triste já me jogo no chão para brincar com ele! Ganhar um abraço apertado do filhote é bom demais, mas ver a gargalhada que ele dá quando você brinca com ele, não tem preço!
  Ele é a razão da minha alegria, e mesmo tendo momentos ruins, eu me lembro que ele é a RAZÃO da minha VIDA!!!!!!!

Ai ai, é muito bom ser mãe!!!! hahahaha...


Meninas, no próximo post eu quero escrever um pouco sobre as saidinhas que nós, as "mocinhas-mães" (como diz a Carol !) damos de vez em quando! Tenho escutado cada coisa sobre isso!!! Acho que vocês vão gostar! 


Amores, obrigada por acompanharem o blog da turma, eu fico muito muito feliz mesmo!
Beijinhos!!
e até mais!
;*